Poeira na Estante.







Ainda mesmo que eu perca o verso.
Ainda mesmo, minha mente insiste em me convencer do inverso.
Mesmo assim, em seus lábios vejo um pretexto.
Mesmo que não haja motivos.
Ainda me falta versos.
E poeira fica juntando na estante de livros.

Quão é grande meu amor pela poesia.
Mesmo que a rima seja escarça.
Ainda olho no espelho,
E invento mais uma desculpa para meu dia que seja bonito.

Tenho saudade do cheiro dos meus livros.
Do sebo das velas, das suas páginas amarelas.
Tenho saudade da minha caligrafia.
Borrões de imagens em forma de poesia.

Busco um motivo para me reinventar.
De sair dessa melancolia.
Ainda encontro um jeito,
Ainda rezo,
Para voltar a ser poeta um dia.

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